Na perspectiva de encontrar a cabo-verdianidade na diversidade e unidade nacional, dizíamos que ela é fruto da fusão da cultura europeia e africana ao longo de séculos.
Se por razões de conveniência racista do regime colonial português povoou as ilhas de forma selectiva, conforme a raça, não impediu ao longo dos séculos a dinâmica de cruzamento entre elas e nem a sua socialização.
Antes o Badio era um grupo homogéneo, assente na etnia puramente africana e com traços culturais (tabanca, batuku, funana, finason) bem identificados, vivendo isolado na sua própria tabanca. Dizemos Tabanca porque, como podemos verificar os grupos de tabanca estão ligados, supostamente, às tribos de origem.
Com relação ao Sampadjudo podia-se, também, dizer que era um grupo heterogéneo, formado de várias raças, com predominância dos brancos sobre os negros (europeias, africanas e outras, caso de indianas) e com traços culturais diversificados (morna, coladeira, cola, mazurca, etc), vivendo num espaço aberto por todo território nacional.
Com o evoluir da história e mudanças profundas sobre a dominação colonial no mundo e luta pela liberdade nacional, as relações sócio-culturais começaram-se a despertar nos povos uma nova visão do mundo, com possibilidades de viajar entre as ilhas, estabelecer comercio, sampadjudo a morar nos rincões de Santiago, casar-se e intensificar a mestiçagem, rumo a cabo-verdianidade democrática.
O marco importante dessa liberdade é o da subida de Tabanca e Ferro e Gaita, pela primeira vez ao Plateau _ Praia, com a Independência Nacional a 5 de Julho de 1975.
Hoje, na nossa perspectiva não existe o “ badio” e nem o “ sampadjudo” do ponto de vista étnico, porque a intensa mestiçagem diluiu toda as anteriores identidades, para, numa dinâmica sem fim, criar uma nova identidade democrática, fruto da unidade nacional.
O Badio era/é, caso exista na mentalidade de alguma pessoa, o grupo minoritário. Existe alguma confusão em confundir que tudo que está dentro de Santiago é “Badio”.
É uma falsa ideia ter “Badio” como maioria em Cabo-Verde. Santiago é a ilha com maior população, mas não quer dizer que tudo que lá está,têm uma identidade “badia”.
Nem tudo que esta dentro de Santiago identifica com alguns radicalismos da existência do "badio étnico" que se quer fazer escola politica nas “tabancas” dos saudosistas.
Hoje, Cabo-Verde apresenta um novo rosto sobre esta temática e precisa ultrapassa-la com altruísmo e sabedoria.
A democracia em toda esfera de vida nos ensinou que as casas construídas nas ribeiras de Santiago por sampadjudos e "badios" que vivem no Mindelo são frutos de um sentimento caboverdiano, coberto pelo manto da Independência Nacional.
Napoleão Andrade
Se por razões de conveniência racista do regime colonial português povoou as ilhas de forma selectiva, conforme a raça, não impediu ao longo dos séculos a dinâmica de cruzamento entre elas e nem a sua socialização.
Antes o Badio era um grupo homogéneo, assente na etnia puramente africana e com traços culturais (tabanca, batuku, funana, finason) bem identificados, vivendo isolado na sua própria tabanca. Dizemos Tabanca porque, como podemos verificar os grupos de tabanca estão ligados, supostamente, às tribos de origem.
Com relação ao Sampadjudo podia-se, também, dizer que era um grupo heterogéneo, formado de várias raças, com predominância dos brancos sobre os negros (europeias, africanas e outras, caso de indianas) e com traços culturais diversificados (morna, coladeira, cola, mazurca, etc), vivendo num espaço aberto por todo território nacional.
Com o evoluir da história e mudanças profundas sobre a dominação colonial no mundo e luta pela liberdade nacional, as relações sócio-culturais começaram-se a despertar nos povos uma nova visão do mundo, com possibilidades de viajar entre as ilhas, estabelecer comercio, sampadjudo a morar nos rincões de Santiago, casar-se e intensificar a mestiçagem, rumo a cabo-verdianidade democrática.
O marco importante dessa liberdade é o da subida de Tabanca e Ferro e Gaita, pela primeira vez ao Plateau _ Praia, com a Independência Nacional a 5 de Julho de 1975.
Hoje, na nossa perspectiva não existe o “ badio” e nem o “ sampadjudo” do ponto de vista étnico, porque a intensa mestiçagem diluiu toda as anteriores identidades, para, numa dinâmica sem fim, criar uma nova identidade democrática, fruto da unidade nacional.
O Badio era/é, caso exista na mentalidade de alguma pessoa, o grupo minoritário. Existe alguma confusão em confundir que tudo que está dentro de Santiago é “Badio”.
É uma falsa ideia ter “Badio” como maioria em Cabo-Verde. Santiago é a ilha com maior população, mas não quer dizer que tudo que lá está,têm uma identidade “badia”.
Nem tudo que esta dentro de Santiago identifica com alguns radicalismos da existência do "badio étnico" que se quer fazer escola politica nas “tabancas” dos saudosistas.
Hoje, Cabo-Verde apresenta um novo rosto sobre esta temática e precisa ultrapassa-la com altruísmo e sabedoria.
A democracia em toda esfera de vida nos ensinou que as casas construídas nas ribeiras de Santiago por sampadjudos e "badios" que vivem no Mindelo são frutos de um sentimento caboverdiano, coberto pelo manto da Independência Nacional.
Napoleão Andrade
OBS: Dipos des leitura tcheca es video de Cisaria Evora e Salif Keita, please!
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