Maior desapontamento do ALUPEC, no limiar do século XXI, é eliminar o “ C” por mero capricho africano e depois pedi-lo de emprestado à língua portuguesa para receitar a vitamina C. Num dos comentários no Liberal alguém já tinha apontado esse mal do alfabeto cabo-verdiano.
Uma língua que se diz científica, incapaz de receitar a vitamina C, não pode gabar-se de moderno e, pior ainda, maior alternativa para os cabo-verdianos, quando depara com gralhas desta natureza.
O crioulo que tem maior alternativa para os caboverdianos é o de CLARIDADE, capaz de receitar todos os remédios para seus doentes e acompanhar a evolução da língua portuguesa.
Este capricho míope do “ K”reduz a língua crioula a zero, com indícios claros para atraso de futuros alunos que vão estudar a língua portuguesa, francês, inglês, etc.
ALUPEC não é unicamente estudo sobre o alfabeto caboverdiano, mas sim um conjunto de programas sobre a língua crioula, com métodos, formas e estratégias bem definidos a curto, médio e longo prazo.
Deixar avançar um projecto dessa natureza é torturar a cultura cabo-verdiana e criar labirintos no processo de ensino-aprendizagem para gerações vindouras.
Para uma língua que apresenta ainda alguns problemas na comunicação interna não devia apressar para oficialização, uma vez que devia debatê-la nas diversas organizações da nossa sociedade civil.
Deve-se defender o crioulo, mas nunca o ALUPEC, segundo sua estrutura actual. Um alfabeto sem a letra “C” é coxo conforme a confrontação da realidade social.
O grande problema da oficialização do crioulo será o de colocar professores nas diferentes ilhas, onde variantes e dicçoes fonológicas são diferentes.
Por exemplo: Como reagiria os alunos de Santo Antão perante um professor do Fogo ao ouvi-lo falar no crioulo da sua ilha e ao mesmo tempo, querendo ensina-los crioulo que ele não domina? O professor iria imitar a língua de Santo Antão ou exigiria que os alunos falassem na sua variante?
Que tal se um professor de Mindelo fosse leccionar na Calheta de Santiago! O professor exigiria que falassem o crioulo do Mindelo ou vice versa? Perante este cenário, antevê-se o desencadear de um problema social interessante, com comedia, até certo ponto, gozos e instabilidade social.
Esta iniciativa de oficializar o crioulo deve-se partir de cada ilha, rumo à unificação, sem presa e sem submissão de valores individuais de cada ilha.
A evolução do crioulo deve seguir em direcção à lingua portuguesa, cuja influência é mais de 90% no léxico caboverdiano.
O crioulo que se fala no parlamento é um indicador importante sobre o caminho que deve tomar a nossa língua. O que muitos chamam de “crioulo portuguesado” não é mais do que fruto da evolução do crioulo, porque seu caminho deve e tem que ser aproximação e aperfeiçoamento, rumo a língua caboverdiana e cada vez mais próxima do português.
Com combate ao analfabetismo e educação na sociedade cabo-verdiana o crioulo vai-se libertando pouco a pouco até deixar de pronunciar “CALSON” por CALÇÃO.
Se por razões de analfabetismo da geração antiga o crioulo constituía um veiculo de comunicação pacata e com limites extremos, deve-se aproveitar todo o léxico caboverdiano, sem amarrar-se ao dialecto do escravo, para conservar a linha histórico-cultural cabo-verdiano. A evolução do crioulo será aproximação do português como bem fez outros povos, neste caso exemplar, o povo brasileiro.
Viva a língua cabo-verdiana!
NB: E triste tem ALUPEC, unde cientistas ta proíbe cabo-verdianos a ser receitado vitamina C, studa Fisica-Quimica, pabia de se alfabeto ca tem letra C. Nos mininos na ALUPEC ca ta conche formulas químicas e nem mecânica pamode cientistas de ALUPEC. Forti dotoris que traze doença pa cabo-verdianos.
Napoleão Andrade
Sem comentários:
Enviar um comentário