quinta-feira, 12 de março de 2009

JESUS CRISTO, IMPERIO ROMANO E O SECULO XXI



Não há nem lacuna nem imperfeição no Universo. A obra de Deus é harmónica e perfeita. Dessa obra o homem não só vê senão um fragmento e, todavia, pretende julga-la através de suas acanhadas percepções


No ano zero da evolução da história, nasceu em Belém, a Pátria do Rei Davi, Jesus, o Cristo, o espírito moralmente mais evoluído que já viveu no mundo terra.
Quando Jesus nasceu, Roma governava a Galileia através de procuradores. Era nessa época Imperdor de Roma, César Octaviano Augusto, o qual morreu em 14 d.c. e substituído posteriormente por Tibério Júlio César.
Jesus, o Redentor, é o maior homem que já viveu na terra, não por causa da força física, génio militar ou capacidade económica. Mas, pela sua postura moral e espiritual, influenciou a sua época, introduzindo uma nova mentalidade espiritual na vida da humanidade que perdura até ainda.
Ele ensinava a igualdade de condições e justiça para todas as pessoas membros da sociedade. Exigia que seus discípulos fossem inerentes.
De acordo com a pregação libertadora (de igualdade de direitos entre os homens), as adesões à sua doutrina aumentavam diariamente. Isto contrariava muito os doutores da lei do Sinédrio, isto é: do tribunal dos judeus em Jerusalém, composto de sacerdotes, os quais julgavam tanto as questões criminais como politicas.
No auge da sua pregação na Galileia, Jesus entrou definitivamente em conflito com os seus contemporâneos, autoridades judaicas, governo romano e sacerdotes hebraicos. As autoridades achavam que a doutrina ensinada por Ele implicaria numa transformação politica radical. Os representantes do Império Romano acreditavam que seus ensimamentos subtilmente espalhariam a subversão entre o povo. Em face desta situação as autoridades romanas lançaram uma grande conspiração contra Jesus, onde o Sinédrio insuflou o procurador Poncio Pilatos e este prendeu, condenou e o crucificou, como se fosse um malfeitor.
O Império Romano, através da sua politica imperialista, soube liquidar Jesus, apresentando argumentos no Sinédrio, conforme reza as narrações bíblicas, que este era um traidor que negava pagar impostos ao estado. Mas, Jesus na sua máxima dissera: “ Dá César o que é de César e da Deus o que é de Deus” para explicar que respeitava tanto a lei dos homens como a do Pai Celestial.
Como se pode perceber, sempre os grandes lideres (religiosos, políticos e cientistas) acabaram por morrer de forma duvidosa e cruel, devido aos interesses que o poder corrupto tenta esconder aos olhos da verdade.
Os factos históricos confirmam estas ocorrências. Apesar de Jesus ter ensinado a verdade espiritual e moral entre os homens, não foi poupado mesmo assim, porque a dominação colonial de Roma podia estar em risco, face as pregações da liberdade que é o tesouro mais precioso que podemos conseguir na nossa vida. A história é cheia de casos, onde muitos tombaram pela liberdade.
Com a morte de Jesus foi se extinguindo a geração contemporânea Dele – devido a perseguição -, portanto depositária directa dos seus ensinamentos, e dai em diante foi se deturpando a doutrina original, surgindo um cristianismo sobrenatural, contemplativo, místico, impregnado de lendas, superstições e rezas bajulatorias. Com essas situações, veio surgir a Igreja Nascente em que Paulo de Tarso foi o promotor do cristianismo a seu estilo próprio, na Ásia Menor, Macedónia, Itália e em todas as regiões de língua grega.
Apoderando da doutrina de Jesus, Paulo de Tarso criou uma nova religião, a qual foi altamente esvaziada no contexto prático os ensinamentos de Cristo.
Vai completar quase 2000 e poucos anos que se fala que o catolicismo foi fundado por Jesus, mas na verdade sabem que esta afirmação é falsa. A verdade é que o catolicismo foi fundado pelo Imperador Constantino no Ano de 325 d,c. Com esse acto Ele tornou-se o primeiro Imperador Cristão de Roma. A partir dessa data, justificou a sua dominação sobre o Império, unificado por sua “ teologia politica” ou “teocracia”, pois a sua autoridade vinha de Deus e o seu poder imperial surgia como uma imagem terrestre da monarquia divina.
Com esta postura deixou margem clara para concluir-se, que o catolicismo do Imperador Constantino não soube cumprir o apostulado, porque usou a Igreja Católica e a imagem de Jesus Cristo para sustentar a dominação colonial, através da Inquisição, Guerra das Cruzadas e Ordem Dominicana, onde massacraram milhões de pessoas. Tudo isso, constitui um grande paradoxo para com os propósitos do Redentor.
Pois, seria uma das formas de dominar a mente humana e de suportar a politica colonial em nome de Jesus.
Jesus como um grande visionário sabia que o mundo viria passar por grandes transformações politicas, religiosas e culturais. Sabia que as guerras entre nações eram inevitáveis porque a luta de libertação é a chama da verdade que ilumina as mentes obscuras, onde a teocracia da época, quiçá de hoje, não servia e nem serve a Deus, mas sim aos homens corruptos.
Esses factos históricos estabelecem caminhos que conduzem à espiritualidade e moralidade humana. Pois, nenhuma alma pecadora salva outra alma, senão Deus, através da prática do bem e consciência do livre arbítrio.
Realmente, Satanás não passa de alegoria. Satanás é o símbolo do mal. O mal, porém, não é um principio eterno, coexistente com o bem. Há de passar. O mal é o estado transitório dos seres em evolução.
Não há nem lacuna nem imperfeição no Universo. A obra de Deus é harmónica e perfeita. Dessa obra o homem não só vê senão um fragmento e, todavia, pretende julga-la através de suas acanhadas percepções.


Napoleao Vieira Andrade, Pedagogo


BIBLIOGRAFIA:
Pratica do Racionalismo Cristão
Bíblia Sagrada

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