quarta-feira, 14 de abril de 2010
Já lá vão os tempos em que Chã de Caldeiras - oásis da ilha do Fogo - , vinha, através da sua nascente misteriosa, situada no sopé da rocha (bordeira), fornecendo toda a população de Santa Catarina, inclusive boa parte de S. Filipe, a água canalizada.
Se anteriormente a água era canalizada de cima para baixo e com aproveitamento da força de gravidade para circular nas redes de água para todas as zonas, hoje, graças ao esforço do governo e parcerias de países amigos, ela, a água (!), vem tomando percurso inverso, sendo bombeada de baixo para cima e com maiores custos na sua distribuição.
Conforme os dados e prazos estabelecidos, este precioso liquido estava programado para chegar no ano passado, juntamente com a electricidade.
Importante, neste momento, não é falar dos atrasos e, nem tão pouco, dos porquês que estão por detrás disso tudo.
Neste momento, devemos aplaudir os esforços e exigir que os programas e planos fixados no calendário municipal sejam cumpridos, sem longos dias de desculpas que atrapalham novas iniciativas para o desenvolvimento local.
Devido ao atraso da electricidade, água, telefone e internet, muitos dos investimentos podiam ser feitos, caso não deixassem essas realizações atrasar.
Cada dia que atrasámos no investimento será uma perda irrecuperável na dinâmica do tempo.
Embora muitas pessoas acham estratégicas e, até tacticamente falando, benéficas para gestão política estes atrasos, nós, munícipes empenhados, desacordamo-nos com esta filosofia danosa.
Obrigado ao Governo e, muito em particular, Camara Municipal por mais uma obra importante em prol da comunidade de Santa Catarina, cujo efeito recairá tão agradavelmente nos munícipes.
Esperemos que o projecto funcione com eficácia e sem transtornos no abastecimento de água.
Que haja equilíbrio entre a cidade e o campo, mundos até então considerados antagónicos a nível social, cultural e económico.
Apesar de acreditarmos que a electricidade, telefone, água canalizada, TV e outros meios de comunicação quebraram/ quebram definitivamente a grande diferença entre o campo e a cidade, ainda resta nossas dúvidas quanto a mentalidade e preconceitos de muitos.
Por:Napoleao Vieira Andrade
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